Revista MS

Pai de Sophia relembra falas de casal em julgamento: 'me deu um nojo, não tinha verdade'

Noite em claro, corpo pesado, sentimento de que a justiça foi feita para os dois réus apontados como responsáveis pela morte Sophia de Jesus Ocampos. Esse foi o sentimento de Jean Carlos Ocampos pouco menos de 24 horas após a sentença que condenou Christian Campoçano Leitheim e Stephanie de Jesus da Silva, juntos, a 52 anos de prisão.

O julgamento aconteceu nos dois últimos dias, quarta e quinta-feira, respectivamente, e só terminou no final da noite de ontem, quando o juiz leu a sentença que condenou a mãe e o padrasto da criança. Para o pai, a sensação de que a justiça está sendo feita, mas um mix de sentimento de que o que eles falaram ao microfone não era verdade.

“Me deu um nojo, tudo é era mentira. Não tinha verdade, nenhum momento os dois falaram da Sophia, queriam livrar a cara deles. [Mas] Eu tenho a sensação que a justiça está sendo feita, que o que eles fizeram não ficou impune”.

O pai da criança disse que foram dois exaustivos e que, por isso, não falou com ninguém ao final do júri. Cansado, ele tampouco conseguiu dormir e apenas teve momentos de cochilos e o corpo ficando pesado, a ponto de achar que foi atropelado por algum veículo.

Para o TopMídiaNews, Jean disse que o que lhe interessava não era o tempo de cadeia, mas sim que eles fossem julgados e pagassem pelo que fizeram com Sophia.

“Eu estava com o estômago embrulhado, é mais o que a Sophia sofreu. A mim diretamente, não importa, mas o que ela sofreu, todo mundo viu que ela foi torturada”, frisou. Quando questionado sobre como se sentia vendo a fala de Stephanie e Christian no plenário, ele foi enfático.

“Como eu voltasse no dia, quando eu recebi a notícia, que eu fui na UPA Coronel Antonino, voltou tudo. Por isso que fiquei pior ainda. Eu tinha me preparado com um psicólogo, mas eu não tava preparado, porque é um assunto muito delicado, é minha filha”, pontuou.

Jean também comentou a celeridade da Justiça para julgar o caso em pouco tempo – a morte e a denúncia apresentada entre os meses de janeiro e fevereiro do ano passado. 

Por fim, criticou a maneira que eles estavam tentando adiar o julgamento. “Eles estavam brincando com a Justiça, enrolar, ganhar mais tempo”.