Revista MS

Viés de alta do milho brasileiro continua forte, com saca a R$ 90,33

Denis Cardoso

As preocupações com o clima para a segunda safra de milho no Brasil (atraso no plantio), aliadas à menor oferta do cereal no curto prazo e à demanda doméstica aquecida, seguem impulsionando os preços físicos e futuros da commodity, informa a Agrifatto.

Nesta terça-feira (18/3), o milho-Campinas fechou valendo R$ 90,33, o que representa valorização de 3,25% em relação ao valor do indicador registrado há um mês, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Nos últimos dias, o milho manteve-se firme e registrou alta em todas as regiões acompanhadas pela Agrifatto, impulsionado sobretudo pela forte demanda interna.

O destaque, diz a consultoria, foi Barreiras/BA, onde a saca atingiu R$ 74,39 na última segunda-feira (17/03), com forte avanço de 10,09% em relação ao valor registrado em 10/03.

“O milho não dá sinais de arrefecimento no curto prazo, a não ser que as chuvas tragam um cenário normal para a produção de milho segunda safra”, afirmam os analistas da Agrifatto.

Na última semana, continua a consultoria, as chuvas registradas no MS, PR, SP e MG amenizaram um pouco a situação de seca nas regiões produtoras, mas não totalmente

“Paraná, São Paulo e parte de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais ainda sinalizam um padrão irregular das chuvas na segunda metade de março/25”, observa a Agrifatto.

Neste momento, os analistas da consultoria recomendam aos consumidores de milho que façam aquisições no mercado físico de forma cadenciada, visando compor a demanda para os próximos 120 dias e avaliem operações na bolsa B3 para o segundo semestre de 2025.

Na última segunda-feira (17/03), o indicador do milho ESALQ/BM&FBOVESPA, referência para Campinas-SP, atingiu R$ 90,26/sc, registrando o maior fechamento diário desde 05/04/2022, informa a Agrifatto. No geral, os futuros de milho tiveram altas superiores a 2% nesta segunda-feira, acrescenta consultoria.

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