Revista MS

Tutora denuncia morte de gato após castração em clínica veterinária de Campo Grande

A morte de um gato durante um procedimento de castração gerou revolta e comoção nas redes sociais em Campo Grande. O caso foi relatado pela tutora do animal, Aline Alves, em uma postagem feita no grupo “Aonde Não Ir Em Campo Grande” no último sábado (26).

Segundo o relato, Aline levou seu gato “Mimizinho”, de dois anos, até uma clínica na Vila Morumbi, por volta das 7h da manhã da última sexta-feira (25). Mais tarde, às 9h54, foi informada por mensagem que o animal havia sofrido uma parada cardiorrespiratória e não resistido.

O que mais chocou a tutora foi a forma como a comunicação e o pós-atendimento teriam sido conduzidos. Aline contou que, ao ser informada do falecimento, ligou imediatamente para a clínica para avisar que buscaria o corpo de Mimizinho. Mesmo reforçando essa intenção por mensagem, recebeu em seguida a informação de que o corpo já havia sido recolhido.

“Fui até a clínica e a pessoa que me atendeu apenas disse que foi um erro deles e que não poderiam fazer mais nada”, desabafou. “Nunca vi tamanho descaso com uma vida. Levei meu gato bem, forte, e nem direito a vê-lo eu tive. Como vou saber o que aconteceu com ele?”, questiona.

Ela relata ainda ter procurado a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), mas foi informada de que não haveria medidas a serem tomadas no caso.

A publicação de Aline repercutiu entre internautas, com dezenas de comentários de solidariedade e questionamentos sobre a conduta da clínica.

O que diz a clínica

Procurada pela reportagem, a responsável pela clínica, Luanna Santos Pahins, afirmou que o gato, que tem histórico de saúde desconhecido para a clínica, apresentou um quadro de apneia no momento da anestesia e sofreu uma parada cardiorrespiratória, sem resposta às manobras de reversão. 

Segundo ela, o corpo do animal foi colocado no freezer, conforme o protocolo, mas acabou sendo recolhido por uma empresa terceirizada antes que a clínica pudesse entregá-lo à tutora. Luanna explicou que, no momento do recolhimento, a equipe da clínica estava atendendo uma emergência e várias situações ocorriam ao mesmo tempo, o que impediu a retirada do corpo a tempo. 

Outro ponto importante que Luanna destacou foi que cerca de 95% dos tutores preferem guardar os bons momentos de seus bichinhos, optando por não recolher o corpo e nem se despedir deles, a fim de preservar a lembrança de quando eles ainda estavam com vida.

Ela lamentou o ocorrido, classificou o caso como uma fatalidade e afirmou que está à disposição para prestar esclarecimentos e apoio legal.