Os Estados Unidos anunciaram uma nova revogação de vistos de funcionários públicos do governo brasileiro, agora ligados ao programa Mais Médicos, que existiu até o governo de Dilma Rousseff (PT). A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (13) pelo chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio.
Já de acordo com o jornalista Allan dos Santos, os EUA classificaram o Mais Médicos – programa da gestão Dilma Rousseff (PT) explorou médicos cubanos e também permitiu espionagem do regime de Fidel Castro em solo brasileiro.
Ainda segundo o jornalista exilado nos EUA, perderam os vistos Mozart Julio Tabosa Sales – ex-secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e atual secretário de Atenção Especializada à Saúde no Ministério da Saúde do Brasil e Alberto Kleiman, ex-chefe de relações internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de relações externas e parcerias da OPAS.
Exploração e bilhões
Segundo documentos judiciais, diz Allan, o Brasil pagava à OPAS para que esta repassasse os valores a Cuba, evitando a fiscalização do Congresso. Cuba ficava com cerca de 85% dos salários e a OPAS retinha 5% (US$ 129 milhões).
Foi dito que os médicos recebiam uma fração mínima, geralmente congelada em contas em Cuba até o fim da missão — prática coercitiva para impedir deserções. Este modelo, que canalizou centenas de milhões de dólares para Havana, diz Santos, já havia sido denunciado por desertores em outros países, como Venezuela e Bolívia, e classificado pelo Departamento de Estado como trabalho forçado.