Revista MS

Tetracampeão de kickboxing, sul-mato-grossense garante vaga para o Mundial em Abu Dhabi

O atleta Anderson Motta, de Terenos (MS), acaba de conquistar mais um feito no esporte: o título de tetra campeão brasileiro de kickboxing. Com a vitória no Campeonato Brasileiro realizado em Brasília (DF), ele garantiu vaga no Mundial de Kickboxing de 2025, que será disputado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. 
Anderson é o único atleta sul-mato-grossense classificado para o torneio internacional e ocupa atualmente o 1º lugar nos rankings estadual e nacional da modalidade, além da 4ª colocação no ranking municipal.

Mas a trajetória até aqui tem sido marcada por desafios fora dos tatames. Em 2023, Anderson foi o único convocado de MS para representar o Brasil no Mundial de Kickboxing em Albufeira, Portugal, onde conquistou o 5º lugar. 

Sem apoio da Fundesporte na época, ele precisou se virar para disputar a competição. “Na ocasião fui o único atleta convocado aqui do MS e, mesmo assim, não consegui apoio nenhum da Fundesporte. Fizemos rifas e corri atrás de patrocinadores, por fim paguei a passagem parcelada em 10x para buscar esse título inédito par o MS”, relembra.

Neste ano, o calendário segue apertado e exigente. Anderson ainda disputará a Copa MS, no dia 9 de agosto, que garante vaga para a Copa Brasil, marcada para 14 de setembro em Cambé (PR), além do Sul-Americano no Peru. As competições são fundamentais para garantir sua permanência na Seleção Brasileira de Kickboxing. 

Os campeonatos mundiais da modalidade acontecem a cada dois anos, e a preparação exige esforço contínuo: físico, emocional e financeiro.

Apesar dos resultados expressivos, ele segue sem patrocínio fixo. “É muito desgastante para o atleta ter que correr atrás de recursos. Isso tira tempo, mexe com o psicológico e impacta diretamente a rotina de treinos”, desabafa. 

Anderson tem buscado apoio junto ao poder público municipal e estadual, além de conversar com empresários, mas até agora não recebeu respostas concretas.

Mesmo com os obstáculos, o lutador segue determinado. Ele trabalha como professor substituto e complementa a renda como motorista de caminhão, além de manter um projeto social com aulas gratuitas de kickboxing para mais de 30 crianças em Terenos. “A maior vitória é poder retribuir à comunidade o que o esporte me ensinou”, afirma.

 

 

 

 

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