O rapaz, de 26 anos, acusado de agredir policiais durante uma abordagem no Parque Ayrton Senna, em Campo Grande, deu sua versão na delegacia e negou que tenha partido para cima dos militares na noite do último domingo (26), alegando que caminhava com a esposa.
Ele também indicou em seu depoimento que não fumava, como os policiais apontaram que foi o motivo da abordagem, alegando também que não havia nenhuma placa que mostrasse que era proibido fumar no parque.
Conforme no interrogatório, o rapaz explicou que estava fazendo caminhada com a esposa e ela foi buscar tereré na casa da irmã, quando ele ficou sozinho e foi abordado pelos policiais. Ele chegou a levantar a camiseta dizendo que não estava armado e estava sozinho.
Relatou ainda que os policiais foram agressivos e chegaram a usar spray de pimenta, fazendo-o passar mal e até vomitar. Ele ainda pontuou que foi agredido pelos militares com chutes e socos que resultaram em lesões no rosto, perna e braços.
Ele alega que populares chegaram a pedir para que os policiais parassem com as agressões, mas que não tiveram êxito no pedido.
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Agressão contra policial
Na versão apresentada pela Polícia Militar, no boletim de ocorrência, dois homens foram flagrados fumando cigarro no interior do parque, prática proibida por regulamentação local. Ao serem orientados a parar, os rapazes questionaram os policiais, exigindo que mostrassem a lei que proibia o ato.
Diante do comportamento alterado, os policiais iniciaram o procedimento de revista pessoal. Um dos indivíduos desferiu um soco no rosto de um policial. A equipe, então, precisou imobilizar o homem no chão, utilizando força e spray de pimenta para contê-lo.
Após ser algemado, o indivíduo foi colocado no camburão e conduzido à delegacia. Parentes do suspeito ainda gritaram com os policiais e armaram uma confusão ainda maior.
Durante o ocorrido, o segundo envolvido conseguiu fugir pulando a grade do parque. Momentos depois, ele retornou ao local, pegou um celular que havia descartado durante a confusão e fugiu novamente.
Passagens
O rapaz já tem um 'histórico pesado' pelas passagens que constam no nome, que incluem até uma tentativa de homicídio. A tentativa de homicídio citada é referente ao atentado que ele cometeu em dezembro de 2018, quando desferiu vários disparos contra uma vítima em Rio Verde de Mato Grosso.
Na denúncia consta que “o denunciado adotou uma atitude repentina e inesperada, ao efetuar os disparos contra vítima sem motivação aparente, recurso este que dificultou a sua defesa”. A morte só não se confirmou, pois a vítima foi socorrida a tempo.
O processo está suspenso na justiça. Mas segundo apurou a reportagem do TopMídiaNews, há outras passagens como porte ilegal de arma de fogo, violência doméstica e até cárcere privado.