O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), amplamente conhecido nas redes sociais como “Mais Louco do Brasil”, encontra-se novamente no centro de uma polêmica. Desta vez por uma denúncia relacionada à organização do “Festival da Mandioca”.
Conforme divulgado, a acusação aponta que o chefe do executivo municipal teria cancelado um processo licitatório inicial, optando por uma abordagem alternativa que gerou uma economia de R$ 427 mil aos cofres públicos, segundo o prefeito. Ferro é um dos prefeitos brasileiros com mais seguidores nas redes sociais, sendo 997 mil no Instagram e 497 mil no TikTok.
A representação foi feita pela empresa ‘’P10 Comunicação & Eventos’’, que acusa a gestão municipal de manobrar para favorecer uma concorrente que havia sido legalmente inabilitada no certame.
A denúncia local detalha que o prefeito Juliano Ferro é acusado de ter abandonado de forma irregular a concorrência pública original. Para evitar os custos previstos, ele teria recorrido à adesão a um registro de preços de outra localidade. Essa estratégia permitiu a contratação de uma empresa por um valor consideravelmente reduzido, resultando em economia.
Segundo a denúncia, a empresa ‘’Leo Palcos Tendas e Eventos’’ foi desclassificada por apresentar uma proposta com valor inexequível (inferior a 50% do estimado). No entanto, em vez de dar prosseguimento à licitação com os demais concorrentes, a prefeitura, de forma “surpreendente”, revogou todo o processo.
Em resposta a um ofício do Ministério Público, a Prefeitura de Ivinhema, por meio de sua procuradoria, negou as irregularidades. A gestão do prefeito Juliano Ferro afirmou que a revogação da licitação foi baseada em um Estudo Técnico Preliminar que apontou a possibilidade de “otimizar os valores” e obter uma proposta “mais vantajosa para a Administração Pública”.
A prefeitura confirmou que utilizou a ata de Jardim para contratar os serviços para a “Festa da Mandioca” e defendeu que a decisão foi tomada com “absoluta transparência”, visando a “legalidade, eficiência e economicidade”.
“Nós tínhamos uma previsão de gastar R$ 780 mil reais para fazer a Festa da Mandioca e nós conseguimos fazer o mesmo serviço por R$ 480 mil reais. Uma economia de 300 mil reais para o cofre público”, explicou o prefeito.
''O que me espanta é a canalhice, a perseguição de um mau perdedor. Uma empresa que participou do processo licitatório, perdeu, e agora quer ganhar no tapetão”, revela.
Experiente
Juliano Ferro não é novato em investigações. Sua gestão já foi alvo de apurações anteriores, incluindo alegações de promoção pessoal indevida durante eventos públicos e de favorecimento na contratação de determinados artistas. De promoção pessoal foi absolvido no TJMS, no último dia 27 de junho.
A denúncia pede ao MPMS a instauração de inquérito civil e criminal, a comunicação à Polícia Federal e o ajuizamento de uma ação de improbidade contra os gestores. O caso segue em apuração na Promotoria de Justiça de Ivinhema.