Corregedoria da Câmara dos Deputados começou a notificar os envolvidos no fechamento da Mesa Diretora da Câmara, no dia 6 de agosto. Marcos Pollon, de MS e Carolina de Toni já assinaram a intimação, nesta quarta-feira (13).
Pollon divulgou que a investigação contra ele é pela obstrução dos trabalhos em razão de pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta a pautar a anistia aos vândalos do 8 de Janeiro.
''Vamos continuar lutando até que o último manifestante seja libertado. Eu tenho plena consciência por quem eu estava lutando. Vamos continuar denunciando os casos de tortura e violência contra os presos políticos do 8 de janeiro que continuam encarcerados''.
Foi divulgado também que o parlamentar de MS postou vídeo nas redes sociais e que mostra as denúncias recebidas: uma referente ao parlamentar ter sentado na cadeira da mesa diretora e outra pelo discurso realizado na manifestação Reaja Brasil em 3 de agosto em Campo Grande.
A partir da notificação, Marcos Pollon tem o prazo de 5 dias úteis para apresentar sua defesa para as duas representações. Após isso, a Corregedoria terá 40 dias úteis para elaborar o parecer.
O deputado afirma que irá montar a sua defesa baseado na constituição e na legislação, baseado na liberdade de expressão e manifestação. ''Apesar do que tem sido falsamente noticiado, não vou usar a questão do espectro para defender os meus atos''.
O parlamentar lembra que o exercício de obstrução é uma ferramenta amplamente usada na história do parlamento federal, inclusive pelos autores da representação. “Esse é um exemplo de que estamos em uma ditadura. Querem imputar crime em atos usuais. Vão perseguir a oposição para não terem concorrência nas eleições do ano que vem”, completou.
Marcos Pollon disse que sofreu diversos ataques preconceituosos, pela sua condição como autista, após publicação de vídeo nas redes sociais em defesa do deputado federal Marcel van Hattem (Novo).
''O que eu disse e repito é que tentaram imputar ao deputado Marcel Van Hattem a responsabilidade pela minha presença ali e isso é uma mentira. Cada hora vinha uma informação diferente sobre o que estava acontecendo. Eu busquei informação segura em um deputado sério e corajoso que ficou comigo até o final. Jamais usarei meu laudo como escudo'', disse.
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