Com a aproximação da colheita do milho safrinha, o bom andamento no plantio da safra norte-americana e o caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul, as cotações do milho recuaram nas praças brasileiras, informa relatório da Agrifatto enviado aos seus assinantes.
Segundo levantamento mais recente da consultoria, entre 12 e 19 de maio/25 (comparação semanal), os preços da saca do milho no mercado físico apresentaram queda na maioria absoluta das praças acompanhadas.
A praça do Triângulo/MG registrou o recuo mais expressivo, com desvalorização semanal de 8,58%, encerrando a última segunda-feira (19) cotado a R$ 69,11/sc.
O tombo também foi expressivo em algumas outras importantes regiões acompanhadas pela Agrifatto: Rondonópolis-MT (baixa semanal de 6,79%), Sorriso-MT (-5,72%), Barreiras-BA (-5,05%), Campos Novos-SC (-4,95%) e Chapadão do Sul-MS (-2,94%).
A praça de Rio Verde/GO foi a exceção, obtendo valorização semanal de 0,51%, fechando a segunda-feira (19) com a saca negociada a R$ 69,17, aponta a Agrifatto.
Na terça-feira (21/5), o milho na praça de Campinas-SP fechou a R$ 73,57 (indicador Cepea), com retração semanal de 1,33%.
Dicas dos especialistas
Neste momento, os analistas da Agrifatto recomendam aos pecuaristas que necessitam comprar milho que façam aquisições no mercado físico de forma cadenciada, visando compor a demanda para os próximos 60 dias – na esperança de preços médios ainda mais baixos.
É oportuno posicionar-se na B3, acrescenta a consultoria, sugerindo o uso de mecanismos de proteção de preços do cereal (hedge). Por sua vez, dizem os especialistas, a relação de troca para as cadeias de produção animal seguem favoráveis.
Mercado futuro
No intervalo entre os dias 13 (terça-feira) e 19 de maio (segunda-feira), o cenário na B3 foi marcado por um viés negativo nas cotações do milho, relata a Agrifatto.
Nesse período, o contrato com vencimento em julho/25 registrou a maior queda: de 1,95%, encerrando o pregão regular da última segunda-feira cotado a R$ 62,26/sc.
Em seguida, considerando a mesma base de comparação, o contrato com vencimento para set/25 apresentou baixa de 1,77%, fechando a sessão da B3 a R$ 63,36/sc.
“O recuo do milho na B3 é justificado pela combinação de fatores sazonais, como a aproximação do início da colheita do milho safrinha, o que tende a aumentar a oferta no mercado, e o avanço do plantio nos EUA, que segue em bom ritmo”, reforçam os analistas da Agrifatto.
Além disso, diz a consultoria, o mercado acompanha atento a situação sanitária do País após a confirmação de casos de gripe aviária no Rio Grande do Sul.
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