No mercado físico de Campinas/SP, o preço de referência do milho iniciou a semana (24/2) em R$ 84,85/saca (indicador Cepea/Esalq), registrando uma alta de 6,57% em relação à segunda-feira anterior (17/2) – atingiu o maior valor desde 20 de março/23, informa a Agrifatto.
“A valorização é impulsionada pela demanda aquecida, aliada a uma oferta mais restrita por parte dos vendedores do cereal”, justifica a consultoria.
No Brasil, relata a Agrifatto, o plantio da 2ª safra de milho 2024/25 reduziu o atraso, atingindo 53,6% da área até 23/fevereiro, uma queda de 5,4 ponto percentuais frente ao quadro registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No entanto, mesmo com a recuperação no plantio do cereal, o cenário climático – e o consequente risco para a segunda safra – irá pesar sobre a definição dos preços durante este primeiro semestre de 2025, acreditam os analistas da Agrifatto.
Segundo a consultoria, o comportamento das chuvas para abril e maio no Centro-Norte do país terão forte influência na definição de produtividade da safrinha de milho.
“A chance de frentes frias mais intensas para os meses de maio-abril abre a possibilidade para potencial ocorrência de geadas nas lavouras do Paraná e Mato Grosso do Sul, afinal estamos com La Niña em transição para a neutralidade”, observa a Agrifatto.
Negociação e preços
Neste momento, a Agrifatto recomenda aos consumidores de milho que façam aquisições no mercado físico de forma cadenciada, visando compor a demanda para os próximos 120 dias, avaliando as operações na B3 para o segundo semestre deste ano.
“O mercado físico e as operações dos contratos futuros do milho na B3 estão firmes, e vale avaliar operações de hedge (proteção de preço) de estoque ou produção”, sugere a Agrifatto.
“Para operações B3, no momento, recomendamos seguro de queda, principalmente nos patamares de 75 R$/saca ou superiores”, acrescenta a consultoria.
Balanço da última semana na B3
Expressivos movimentos de alta marcaram os contratos futuros de milho ao longo da última semana na bolsa brasileira, relata a Agrifatto. Entre 14/2 e 21/02, o contrato com vencimento em março/25 subiu 5,48%, fechando o pregão regular de sexta-feira cotado a R$ 85,10/saca.
Menos pressionado, o contrato para maio/25 avançou 3,86% no mesmo período mencionado, terminando a última sessão regular da semana cotado a R$ 80,16/saca.
“Além das preocupações com o cenário produtivo do milho-segunda safra, a demanda doméstica aquecida e a menor oferta do cereal no curto prazo impulsionaram os contratos futuros na B3, especialmente os vencimentos mais curtos”, destaca a Agrifatto.
Na última segunda-feira (24/02), os futuros de milho registraram queda na B3, com correções técnicas após uma sequência de altas diárias, acompanhando o movimento negativo da commodity na bolsa de Chicago
“Apesar do recuo registrado nesta segunda-feira na B3, o contrato março/25 de milho segue em tendência de alta no curto e médio prazo”, afirmam os analistas da Agrifatto.
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