Empresa inicialmente registrada como lanchonete ganhou contrato de R$ 62 mil ao ano para transmitir sessões da Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul. A contratação exige equipamentos de ponta, mas o capital social da lancheria não passa de R$ 5 mil.
Conforme o Folha Cidade MS, não houve sequer licitação para a escolha da empresa vencedora, registrada como Daiane Gonçalves Borges Lima. Consta que a empresa ainda não tem seis meses de vida, segundo a Receita Federal, mas foi escolhida.
O ramo de atuação da empresa é ''lanchonetes, casas de chá, sucos e similares, mas recentemente teve objeto social alterado, se estendendo para filmagens de eventos, sonorização, iluminação, jornais, fotografias e atividades similares''.
Ainda segundo o site, o termo divulgado pela Câmara Municipal traz diversos critérios de seleção e habilitação, como ter experiência técnica comprovada, de no mínimo dois anos. Ocorre que a empresa tem apenas seis meses de atuação na nova área.
O Legislativo de Nova Alvorada do Sul também cobra apresentação dos equipamentos necessários para transmitir as sessões. São exigidas câmeras Full HD e microfones de alta qualidade, garantindo o atendimento aos requisitos técnicos exigidos no edital. Porém, o capital social de R$ 5 mil não seria capaz de bancar essas despesas.
Entramos em contato com a empresa citada, mas não houve resposta. O presidente da Câmara Municipal, vereador Israel garantiu que o esposo da proprietária da lanchonete tem experiência sim e inclusive transmitiu a posse dos parlamentares.
Sobre a dispensa de licitação, Israel refletiu que a Casa de Leis pede caso apareça alguma empresa que ninguém conheça, para ver se a pessoa entente um pouco do assunto.