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Intercâmbio de genética bovina retoma crescimento

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Recentemente, o Index ASBIA mostrou uma recuperação no mercado de exportação e importação de genética bovina. Mas, não somente a compra de sêmen importado segue em alta. Um cenário que se consolida é a importação de touros vivos para coleta no Brasil.

Foto: Divulgação

“Temos mais de 80 touros importados das raças Aberdeen Angus, Holandês e Jersey, vindos diretamente dos Estados Unidos. Até o momento, esses animais superaram a marca de 500 mil doses coletadas neste ano”, informa, em nota, Francisco Biazon, supervisor comercial da Seleon Biotecnologia, que, apenas em setembro, comemorou a chegada de 21 reprodutores.

“A pandemia nos deixou com muita dificuldade de importar, sobretudo porque utilizávamos voos comerciais para otimizar custos, o que não foi mais possível naquele momento e impactou demais nas margens da empresa, além de, necessariamente, deixar o produto final mais caro. A importação de touros vivos nos permite garantir o fornecimento de genética de ponta com qualidade e constância”, explica, em nota, Rafael Ribeiro, gerente de Mercado Leite da ST Genetics.

Segundo ele, todos os animais da ST Genetics em coleta no país estão na Seleon. “Não é simples a adaptação de touros importados, mas a sinergia entre as equipes envolvidas no processo nos trouxe excepcionais resultados, tendo registrado altas produções, com muita qualidade no produto final”, relata o gerente da ST Genetics, que, desde 2015, expande atuação no Brasil em genética bovina com exemplares Angus e Holandês da América do Norte.

Accelerated Genetics e Select Sires são outras duas centrais que importam reprodutores para envio ao Centro de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS) da Seleon Biotecnologia.

Hoje, 20% de todo o sêmen exportado para países como Colômbia, Paraguai, Uruguai, Argentina, Costa Rica, Guatemala, Panamá e Equador, entre outros, passam pelo CCPS, localizado em Itatinga, no interior de São Paulo. Com capacidade atual de 500 touros, Gado Holandês, Gir, Girolando e Nelore são as raças mais procuradas.

“Até o final do ano esperamos atingir a marca de 200 mil doses produzidas na Seleon com destino à exportação. Tudo dependerá do câmbio, da negociação entre as centrais de inseminação e também da política internacional. Com a guerra na Ucrânia, a tendência é que os Estados Unidos diminuam ou até mesmo cessem o fornecimento de material genético à Rússia, abrindo mercado para o Brasil”, avalia o supervisor comercial da Seleon Biotecnologia.

Fonte: Ascom Seleon Biotecnologia

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