A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o impacto fiscal das ações para mitigar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros será “mínimo”, segundo informações do Poder 360.
“Eu posso falar pela parte do Orçamento, que vai ser no limite mínimo mesmo, mas também com a preocupação de não deixar nenhuma empresa prejudicada para trás”, declarou nesta terça-feira (12), durante participação na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).
Tebet explicou que muitas medidas não estão diretamente ligadas ao Orçamento, envolvendo subsídios, refinanciamento e proteção ao trabalho. “Nós estamos sendo criteriosos, até porque é dinheiro público, de só fazer todas as medidas que eu não posso adiantar quais são. Muitas vocês já divulgaram, muitas não têm a ver com orçamento, têm a ver com subsídio, têm a ver com refinanciamento, têm a ver com proteção ao trabalho”, disse a ministra a jornalistas.
Segundo ela, a demora na implementação se deve ao processo de seleção das empresas beneficiadas. “Nós não estamos apenas estabelecendo quais os setores que vão estar contemplados pelo contingenciamento, porque serão todos os setores que estão tendo prejuízo. Feito esse recorte, o MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] está separando empresa por empresa dentro de cada setor. Por exemplo, o setor de pescado é um dos mais atingidos, mas nem todo o setor vai ser beneficiado”, afirmou.
O governo federal prepara um plano de contingência em resposta à tarifa de 50% aplicada pelos EUA a produtos brasileiros. As medidas de apoio devem ser formalizadas por meio de uma Medida Provisória (MP) e incluirão linhas de financiamento para os setores afetados.