Há 17 anos um acidente de moto mudou a vida de Zildo Ferreira de Medeiros aos 28 anos e afastou o trabalhador da jardinagem por dois anos, em Campo Grande. O medo de não conseguir se adaptar a nova vida com a amputação de parte da perna esquerda foi superada e hoje aos 45 anos, ele é exemplo de superação.
Zildo conheceu a jardinagem e dedicou a vida a essa profissão, mas como dar continuidade aos trabalhos com uma perna amputada? A pergunta fez ele se afastar da profissão por dois anos até encontrar forças e se readaptar.
“No começo foi bem difícil, eu não conseguia novos clientes. Quem ia querer um cara trabalhando de muletas? Não confiavam que eu daria conta”, lembra.
O trabalhador voltou aos poucos fazendo o trabalho de jardinagem aos clientes antigos que já conheciam a dedicação do jardineiro e aos poucos ele foi mostrando a todos sua evolução.
“Consegui dar a volta por cima e 17 anos depois, já fazem 15 deles que retomei a profissão e sustentei a família”, detalha.
A amputação não impediu que o homem conhecesse novas pessoas e casasse nesse meio tempo. Ao lado da esposa Gloria Barbosa de Souza, 45 anos, Zildo vai aonde o cliente chama e com as duas muletas, mostra que tem total domínio da cortadeira e roça onde o cliente mandar.
“Não tem tempo ruim, chamou, eu pego minhas coisas e vou”, brinca.
Zildo se adaptou melhor ao uso de muletas, mesmo tendo conseguido duas próteses pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“A prótese que eles fornecem é feita com um material duro que infelizmente machuca, não consegui me adaptar, mas faço tudo de muletas”.
Sem condições de obter uma prótese mais sofisticada, o trabalhador segue a vida sem enxergar novos problemas.
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