Mato Grosso do Sul inicia uma nova etapa na saúde pública com a implementação da Pehosp (Política Estadual de Incentivo Financeiro Hospitalar), que reorganiza como os recursos do SUS são repassados aos hospitais e busca melhorar a qualidade e eficiência dos atendimentos.
O modelo abrange 64 municípios e faz parte da chamada Nova Arquitetura da Saúde, que alia modernização da gestão, tecnologia e incentivos baseados em desempenho. Até o momento, 17 contratos já foram assinados, e a previsão é que todas as unidades estaduais estejam adaptadas ao novo formato até o final de novembro.
A Pehosp prevê dois tipos de repasse para os hospitais: um fixo, para manutenção de estrutura e equipes, e outro variável, atrelado à produtividade e aos resultados assistenciais. O investimento anual será de R$ 198,5 milhões, beneficiando diretamente pacientes de todas as regiões do Estado.
Além de dar previsibilidade financeira às unidades, a política também busca descentralizar os atendimentos especializados, reduzindo filas e a necessidade de deslocamentos para Campo Grande. A adesão das unidades ao novo modelo já chega a 99% das instituições aptas.
A iniciativa acompanha investimentos em equipamentos modernos, como arcos cirúrgicos, torres de videolaparoscopia, autoclaves e aparelhos de raio-X digital, e obras de ampliação em hospitais de Dourados, Campo Grande, Três Lagoas e Ponta Porã. Somente no segundo quadrimestre de 2025, o governo estadual investiu R$ 917,9 milhões em saúde, segundo o RDQA, refletindo crescimento em internações e procedimentos.
A Pehosp foi construída de forma participativa, com gestores municipais, hospitais e Conselho Estadual de Saúde, e estabelece critérios claros para adesão, como funcionamento 24 horas, equipes qualificadas, prontuário eletrônico e protocolos de segurança do paciente.
Para o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, o modelo fortalece hospitais locais e regionais e consolida um SUS mais moderno, eficiente e transparente.
“É um momento histórico para a saúde em Mato Grosso do Sul. Estamos reorganizando a rede hospitalar com critérios técnicos e resultados mensuráveis”, destaca Corrêa.



