A aposentada Joanilda dos Santos, de 83 anos, está internada desde a manhã desta terça-feira (5), na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande, e, segundo as filhas, aguarda por cirurgia de urgência em situação crítica. Com uma hérnia umbilical que evoluiu a ponto de expelir parte do intestino, Joanilda está debilitada, sem alimentação desde a internação e ainda sem previsão de transferência para a Santa Casa.
Segundo a filha Ana Cláudia, a mãe já vinha se queixando de fortes dores na região do umbigo há cerca de duas semanas. Nesta terça-feira, por volta de meio-dia, a idosa desmaiou em casa, o que levou a família a buscar socorro imediato.
“Levamos minha mãe na hora, por conta própria, porque não tinha ambulância. Chegamos na UPA e ela já estava com muitas dores”, conta a filha, Ana Cláudia.
De acordo com o relato, a triagem demorou uma hora e meia para ser realizada e, mesmo com dores intensas, Joanilda só foi levada para a enfermaria às 23h. “Desde que foi atendida, não deixaram ela comer nada, porque disseram que ela precisa fazer uma bateria de exames. Mas até agora, nada foi feito. Ela está desde ontem sem comer e só agora deram antibiótico”, denuncia Ana Cláudia.
As filhas afirmam que a mãe convive com a hérnia há cerca de 37 anos, mas o quadro se agravou nas últimas semanas. Agora, segundo elas, parte do intestino saiu pelo umbigo, comprimindo o órgão, o que causa defecação líquida involuntária.
“Ontem minha irmã precisou dar banho nela por causa disso e os enfermeiros ainda ficaram bravos porque demos banho. É uma humilhação”, diz a filha.
Além da hérnia, Joanilda tem histórico de AVC e faz uso de medicamentos controlados. “Ela precisa comer. É uma humilhação o que estão fazendo com a minha mãe. Ela está com dor, com queimação, e a equipe médica diz que precisa de cirurgia urgente, mas não tem vaga na Santa Casa e nem previsão de quando vai sair. Ninguém lá dá satisfação, ninguém aparece para acompanhá-la”, reclama Ana Cláudia.
Até a publicação desta matéria, a família ainda aguardava por uma resposta oficial sobre a remoção e a realização da cirurgia. Elas pedem ajuda pública e cobram agilidade para que a idosa seja transferida e tenha o atendimento adequado.