O Festival de Inverno de Bonito 2025 reafirmou seu status como um dos principais símbolos da transformação cultural e social de Mato Grosso do Sul. O evento se estabelece não apenas como uma celebração artística, mas como um modelo de desenvolvimento integrado, alinhado aos pilares do Governo do Estado: Próspero, Verde, Digital e Inclusivo.
Realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, através da Setesc (Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura) e da Fundação de Cultura, em conjunto com a Prefeitura de Bonito, o festival serviu como vitrine de políticas públicas, práticas sustentáveis e experiências inclusivas que delineiam o futuro do Estado.
Em 2025, a acessibilidade foi um ponto central. O evento ofereceu mais de 25 atividades com intérpretes de Libras e diversas atrações lideradas por pessoas com deficiência.
“O objetivo foi além de garantir acesso, promovendo o protagonismo. Artistas com deficiência integraram oficinas, palestras e apresentações. A inclusão foi feita por e para pessoas com deficiência”, disse Felipe Sampaio, coordenador de acessibilidade do FIB.
Dentre os destaques, o DJ Cabi, que tem deficiência visual, se apresentou no Palco Lua. Na Galeria de Artes Visuais, obras de Juliano Varela, artista com síndrome de Down, e de Nestor Pereira, no espectro autista, impressionaram o público com recursos como audiodescrição e visitas guiadas.
O festival também fez história ao se tornar oficialmente Carbono Neutro e Lixo Zero. A startup socioambiental Ciclo Azul implementou coleta seletiva, reciclagem e compostagem em vários pontos do evento, assegurando a destinação correta de todos os resíduos.
O processo incluiu o mapeamento das emissões de gases de efeito estufa e ações de neutralização, como o plantio de árvores no Balneário Estrela do Formoso. Lucas Fernando Magalhães, 19 anos, colaborador da Ciclo Azul e pessoa com deficiência visual, natural de Bonito, enfatizou a importância da experiência.
“Foi um desafio novo e marcante. A equipe me acolheu, incluiu e me ajudou a participar ativamente. É uma vivência que levarei para a vida toda”.
No aspecto da prosperidade, os números de 2025 são expressivos. O Festival atraiu aproximadamente 20 mil visitantes, que ficaram em média três dias e gastaram R$ 387 por dia cada. O impacto direto na economia de Bonito é estimado em R$ 23,22 milhões, injetados em hospedagem, alimentação, passeios, transporte e comércio.
A rede hoteleira operou com ocupação total. Restaurantes aumentaram suas equipes e estoques, registrando vendas até 80% superiores aos dias comuns. O comércio e o artesanato também tiveram alta, com crescimento entre 20% e 70% durante o evento.
Histórias como a de Elsa Nunes Ribeiro, 46 anos, ilustram esse poder transformador. Após uma oficina de bordado em folhas secas em 2023, ela transformou o conhecimento em um negócio próprio e agora exporta suas peças.
“Desde janeiro, vendi mais de 50 bordados, alguns para o Japão. O Festival abriu um novo caminho para mim e mudou minha vida”, relatou.
A inovação também teve seu espaço. Oficinas de cultura geek, jogos digitais e experiências tecnológicas atraíram novos públicos e promoveram a formação em inclusão digital.
Campeonatos de FIFA, Super Smash Bros e Street Fighter reuniram jovens e famílias na Praça da Liberdade. O Lounge Geek também apresentou um escape room interativo que desafiou a criatividade do público.
Ao integrar inclusão, sustentabilidade, prosperidade e inovação, o Festival de Inverno de Bonito 2025 demonstra que a cultura e as políticas públicas avanham juntas. O evento se consolida como um laboratório vivo de cidadania, reforçando a visão do Governo do Estado de que a cultura é um vetor essencial para o desenvolvimento, a geração de oportunidades e a transformação social.