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Feicorte: especialistas avaliam a situação da febre aftosa em diversas regiões do País

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Durante o fórum realizado no primeiro dia da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), especialistas se reuniram para avaliar a situação da febre aftosa em diversas regiões do Brasil.

Conforme explicou o médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa de São Paulo, Breno Moscheta Welter, a doença foi erradicada em São Paulo em 1996. As campanhas de vacinação foram realizadas por mais 56 anos, com aplicação semestral.

A última fase dessa vacinação ocorreu em novembro de 2023, marcando o início de uma transição para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O estado já foi reconhecido nacionalmente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e aguarda o reconhecimento internacional, previsto para maio de 2025.

“O pleito brasileiro para o reconhecimento internacional é um processo que envolve uma série de critérios e ações realizadas pelo serviço veterinário oficial, como inquéritos epidemiológicos e a implementação de sistemas de vigilância. Esses critérios são avaliados por especialistas da OIE, e a solicitação é submetida a uma assembleia geral, realizada anualmente em maio. Se aprovada, conquistaremos o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que representará uma grande conquista para a saúde animal e para a economia paulista”, detalhou Welter.

No Paraná, a retirada da vacinação foi um processo gradual que se estendeu por muitos anos. Ao longo das últimas duas décadas, o estado enfrentou desafios relacionados à vacinação, com o último foco da doença registrado em 2006.

“Nós recebemos o reconhecimento internacional da área livre de febre aftosa em 2021 e, desde então, muitas mudanças ocorreram no Paraná. Com mais de 9 bilhões de reais investidos em diversos setores, estamos vendo um grande interesse de missões de diferentes países, que buscam importar nossos produtos. A retirada da vacinação é um processo longo, mas o Paraná tem feito isso de maneira consciente e transparente”, afirmou o médico-veterinário e diretor do Departamento de Sanidade Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves.

Para Daniel Ingold, diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), é essencial que os produtores rurais confiem nos órgãos de vigilância, pois esses são os principais responsáveis pelo controle da doença.

“Essa é uma doença que exige colaboração entre todos os estados. São Paulo, por exemplo, possui sistemas muito diferentes e uma comunidade mais diversificada, o que nos oferece grandes oportunidades de aprendizado. Por outro lado, Mato Grosso do Sul, sendo um estado jovem, tem mostrado como implementar tecnologias de maneira eficaz e inovadora, e podemos compartilhar esse conhecimento com os demais”, afirmou.

Ao final do painel, foi assinado o Protocolo de Intenções, que formaliza uma série de atividades voltadas para uma integração mais profunda entre as defesas agropecuárias de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Fonte: Assessoria de Imprensa Feicorte

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