Revista MS

Falta constante de insulina no SUS deixa diabéticos em alerta em Campo Grande

Com falta de insulina na rede pública desde o final de 2024, pacientes que fazem uso contínuo da medicação diariamente vivem com constante preocupação dos riscos e piora da diabete devido à falta da medicação fornecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande.

Diabético desde os 30 anos, o vendedor Renato Nakamura, 49 anos, depende da insulina NPH e Regular, de 3 a 5 vezes por dia. Elas são essenciais para manter a glicemia estável ao longo do dia.

“A insulina Regular, de ação rápida, é necessária para controlar a glicose após as refeições, enquanto a Insulina NPH, de efeito prolongado, mantém os níveis de glicose equilibrados entre as refeições. Porém, desde o final do ano passado, as unidades de saúde públicas não fornecido direito nem uma, nem outra”, explica.

Renato pegava todos os meses a quantidade que precisava, mas nos últimos meses com a falta, a distribuição foi alterada para canetas de insulina, que são mais adequadas para pessoas idosas. “Mesmo assim, no início do mês, quando fui ao posto, me deram apenas uma caneta, quando, na verdade, o mínimo seria seis”, comenta.

O paciente também mencionou a falta de medidores de glicose nas unidades de saúde. Sem esse equipamento, ele fica sem saber qual é o seu nível de glicemia, o que pode ser perigoso, já que a falta de controle pode gerar complicações sérias, como hipoglicemia ou hiperglicemia.

“Já precisei tirar do meu bolso e gastei em média R$ 400, mas e quem não tem? É uma medicação importante, se um diabético desenvolve um problema a partir disso, é um gasto maior para o município. Isso deveria ser dado pelo SUS, afinal, é um direito de todo cidadão”, completa.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para verificar o motivo da falta de insulina na rede pública e como os pacientes são atendidos com essa falta. Veja a resposta:

 

A Sesau informa que o fornecimento de insulinas é de responsabilidade do Ministério da Saúde. O órgão emitiu um ofício circular (26/2024), em agosto do mesmo ano, explicando a situação das insulinas  que por falta da importação de insumos, vem sofrendo um desabastecimento nacional gradativo.  Como alternativa para não prejudicar os pacientes em uso, nossa estratégia está sendo fornecer a apresentação caneta, até a completa regularização do abastecimento da insulina regular frasco, entretanto, até o presente momento a situação não foi regularizada por parte do Ministério.

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