Reportagem publicada no portal norte-americano www.porkbusiness.com apontou que, com a intensificação da guerra comercial entre EUA e China, as exportações norte-americanas de soja para o país asiático agora enfrentam uma tarifa de 114,73%, acima dos 60% anteriores (é possível que a taxa atual seja maior que isso, diante dos quase ajustes diários nas tarifas anunciados pelos autoridades dos dois países).
Mesmo com o acirramento da guerra comercial, diz a reportagem, a realidade é que as indústrias dos EUA já não estavam enviando tanta soja para a China quanto em 2018, mas a China continua sendo o principal destino para commodity norte-americana.
Enquanto o mercado observa o desenrolar da disputa tarifária, diz a reportagem do www.porkbusiness.com, as exportações dos EUA para a China já estão no menor nível em vários anos.
Embora a China ainda seja o principal mercado de exportação para a soja norte-americana, não está no mesmo nível de antes da guerra comercial de 2018, ressalta a reportagem.
Segundo observa a reportagem, o Brasil tem se dedicado a fornecer soja à China, exportando quase três vezes mais que os EUA em 2022/23.
“A China cumpriu apenas 60% de seu compromisso anterior na Fase Um do acordo em 2020/21, agora está alinhada com o Brasil há anos e tem uma demanda estagnada”, destaca o texto.
O economista agrícola da Extensão da Universidade do Missouri, Ben Brown, analisou os números para mostrar como a participação de mercado dos EUA nas exportações de soja para a China caiu.
De acordo com ele, a parcela das exportações de soja dos EUA destinadas à China nos primeiros seis meses do ano de comercialização entre 2015 e 2017 foi de 68%, em média, ante a participação média de 62% entre 2022 e 2024.
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