Nos EUA, de 1 em cada 3 mortes ocorridas a cada ano está relacionada com doenças cardiovasculares, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Dito isto, pesquisas recentes sugerem que fazendeiros dos EUA, especialmente adultos do sexo masculino, têm um risco maior de doenças cardiovasculares em comparação a não-fazendeiros de idade semelhante.
Tal constatação faz parte de uma revisão recente – publicada no periódico científico Cureus –, que coletou dados de 12 estudos que analisaram a relação entre doenças cardiovasculares e fazendeiros.
Os revisores discutiram algumas possíveis explicações para tal descoberta, a saber:
- Os agricultores tendem a passar por altos níveis de estresse devido a fatores como clima, flutuações de mercado, mau funcionamento de equipamentos e dificuldades financeiras.
- Os agricultores tendem a viver em áreas rurais com menor acesso a cuidados de saúde.
- Alguns agricultores podem não ter conhecimento sobre saúde ou ter interesse mínimo em relação à saúde cardíaca.
- Eles também podem ignorar ou minimizar sua suscetibilidade a doenças cardíacas e adiar ações necessárias para melhorar seu bem-estar.
Doenças que afetam o sistema cardiovascular incluem aterosclerose (artérias obstruídas), doença cardíaca, ataque cardíaco, derrame, insuficiência cardíaca, arritmia e problemas com as válvulas dentro do coração.
Essas condições, dizem os pesquisadores, podem levar a uma ampla gama de consequências negativas, incluindo incapacidade, aumento de custos médicos, perda de independência, redução na qualidade de vida e aumento do risco de morte.
As chances de ser diagnosticado com doença cardiovascular dependem de vários fatores de risco. Alguns fatores de risco, como raça, idade e histórico familiar não são modificáveis. Mas há outros fatores de riscos que podem controlados, como fazer escolhas de estilo de vida mais saudáveis.
Tawnie Larson, consultora de projeto do programa Kansas Agriculture Safety and Health na Kansas State University, disse, em comunicado, que mulheres em áreas rurais também correm maior risco de doenças cardíacas.
De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, até 44% das mulheres nos EUA vivem com algum tipo de doença cardíaca — por muitos dos mesmos motivos pelos quais os homens sofrem de doenças cardíacas.
“A pressão arterial tende a aumentar em mulheres mais cedo do que em homens”, afirmou Tawnie, que acrescenta: “Os primeiros sinais de hipertensão para mulheres incluem fadiga, problemas de sono, inchaço, dores de cabeça e visão turva ou tontura. Não descarte esses sintomas; converse com seu médico antes de ter um problema”.
Tawnie incentiva homens e mulheres a verificarem a pressão arterial regularmente. “Se você não puder ir ao consultório médico regularmente, aproveite os aparelhos de pressão arterial, geralmente disponíveis em farmácias locais ou outros locais”.
Outras condições que afetam a saúde cardíaca incluem colesterol alto, diabetes, doença renal, tabagismo, uso excessivo de álcool, má alimentação, obesidade, atividade cardiovascular limitada e perda auditiva.
“As pessoas, em geral, também podem ignorar ou minimizar sua suscetibilidade a doenças cardíacas e adiar ações necessárias para melhorar seu bem-estar”, afirma Tawnie, que sugere oito ações que os fazendeiros e fazendeiras podem fazer para melhorar a saúde cardíaca:
- Faça escolhas saudáveis, como ter uma dieta saudável, ser mais ativo e manter um peso saudável.
- Faça pequenas mudanças. Defina uma meta por semana, em vez de muitas mudanças de uma vez.
- Reduza o estresse, concentrando-se no que você pode controlar.
- Encontre uma atividade favorita para reduzir o estresse e pratique regularmente.
- Comece uma rotina regular de caminhada. Ouça música ou um podcast.
- Leia livros.
- Passe tempo com a família ou amigos.
- Pratique uma atividade que aumente sua frequência cardíaca.
O post EUA: pesquisa sugere que fazendeiros com 45 anos (ou mais) têm um risco maior de doenças cardíacas apareceu primeiro em Portal DBO.