Revista MS

Criança com paralisia e microcefalia sofre com cadeira não adaptada em Campo Grande

Em busca de melhorar a condição de vida no dia a dia do filho de 11 anos, Izabel Lopes procurou a justiça com o pedido de uma cadeira postural para o filho com paralisia cerebral e microcefalia. O pedido, de acordo com a mulher, foi feito a algum tempo e teve o prazo vencido pelo não atendimento da Defensoria Pública de Campo Grande. 

Segundo Izabel, o filho de 11 anos usa uma cadeira pequena, não adaptada, que pode prejudicar mais ainda a condição do filho. Ela conta que procurou a Defensoria para tentar conseguir que uma cadeira postural seja cedida a criança, mas recebeu uma resposta não agradável. 

“Eu sou uma mãe especial, meu filho precisa de uma cadeira postural e não sei mais aonde ir. Procurei a Defensoria com a papelada, exames, tudo, mas me informaram que não podem ceder a cadeira para ele”, relata. 

Izabel conta que o esposo dela conseguiu uma cadeira um pouco maior na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) devido ao crescimento do filho, mas, mesmo assim, não é a cadeira específica que ele precisa. Segundo ela, sem a cadeira postural o filho começa a desenvolver escoliose. 

“Meu esposo foi na Apae e conseguiu uma a cadeira normal, que é uma cadeira que não é apropriada para ele, porque ele está ficando com escoliose na coluna. Ele tem duas cirurgias de quadril, ele tem prótese no quadril, então assim, é uma cadeira bem desconfortável, então ele precisa dessa cadeira postural. Além disso, essa cadeira da Apae vai chegar dia 30 de janeiro, que é uma cadeira normal, é igual a que ele já tem, só que essa vai ser maior porque ele está crescendo”, conta. 

Agora, de acordo com ela, após a negativa da Defensoria Pública em ceder a cadeira, o filho precisará novamente fazer todos os exames necessários que comprovem que ele realmente precise do uso da cadeira postural. 

“Os papéis dos pedidos eu não tenho mais porque demoraram de mais para nos dar resposta e o prazo encerrou, então agora eu vou marcar de novo a consulta com a ortopedista dele para eu conseguir pegar novos papéis para me dar entrada de novo na defensoria”, finaliza. 

Devido à solicitação não atendida da pela justiça pública em ceder a cadeira postural para o paciente, o TopMídiaNews procurou a assessoria de imprensa da Defensoria Pública para entender sobre a negativa do pedido da cadeira postural, mas até o momento não houve resposta.