Revista MS

Com fibromialgia, trabalhadora fica sem benefício por atrasos e greves no INSS

Claudete Oliveira da Silva, de 34 anos, trabalha como secretária do lar, mas teve que ser afastada, pois sofre com fibromialgia, uma doença crônica que causa dores generalizadas e fadiga.

Com o quadro, a trabalhadora passou por uma perícia no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que concedeu a ela um atestado de seis meses.

Porém, isso foi no início de 2024. Ela teria que voltar para refazer a perícia no mesmo ano, mas por causa da greve dos peritos médicos, que acontece desde setembro do ano passado, o segundo processo de Claudete, para um novo atestado, já foi adiada cinco vezes.

A perícia está reagendada para o dia 20 de fevereiro, mas ela acredita que será adiada novamente, pois a greve persiste. 

Sem conseguir fazer uma nova perícia, ela está sem receber nenhum benefício do INSS. “Fico sem receber nada e só preciso dessa perícia para poder continuar o tratamento”, disse.

Claudete também enfrenta problemas com a falta de medicamentos fornecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), por causa disso, ela tem que pagar os medicamentos do próprio bolso. Como está sem salário, ela depende da ajuda do marido, do pai e de outros familiares. 

Com o agravamento do quadro de saúde, a trabalhadora buscou alternativas como o uso de canabidiol para aliviar os sintomas da fibromialgia, mas teve seu pedido negado três vezes pela Defensoria Pública. 

Agora, Claudete segue na esperança de conseguir a segunda perícia. A reportagem tentou contato com o INSS, mas não obteve resposta.