Revista MS

Com 6 anos, Yuri cria marca de geleias e aprende desde cedo o valor do próprio trabalho (vídeo)

Yuri Veiga da Silva tem só 6 anos, mas já entende bem o valor do trabalho. Desde os 4, ele ajuda os pais na produção de geleias caseiras e, de vez em quando, monta sua própria barraquinha para vender o doce que conquistou os amigos da escola e até familiares em Campo Grande.

Segundo o pai, policial militar, Cláudio Benites da Silva, 44 anos, tudo começou de forma despretensiosa, em uma tarde comum de colheita. A mãe, Tatiana Veiga da Silva, 34 anos, costumava preparar geleias com as frutas da época, especialmente a goiaba, e presentear os parentes. Mas em um desses dias, Yuri teve a brilhante ideia de vender os doces. “Por que a gente não vende o doce para ficar rico?”, sugeriu o pequeno a família.

A brincadeira virou negócio. A família gravou vídeos de Yuri anunciando as geleias sendo vendidas a R$ 5 e enviou para os parentes, que se animaram e compraram. O sucesso foi tanto que as tias começaram a compartilhar os vídeos, amigos também se interessaram, e o que era só uma diversão virou um pequeno projeto empreendedor.

“Ele pediu uma barraquinha e eu fui lá e fiz. Agora, de vez em quando, ele vai vender na frente da escola, ali perto do Ministério Público. Os colegas já sabem que ele tem as geleias e até pedem para os pais comprarem”, conta Cláudio.

A produção é em família. Yuri participa de tudo, ajuda a colher ou comprar as frutas, descasca, corta, coa e acompanha a transformação até o potinho final. “Queremos que ele entenda todo o processo e saiba que o dinheiro que vai para conta dele é fruto do trabalho dele desde pequeno”, compartilha o pai. 

Com quase dois anos desde o primeiro potinho vendido, Yuri e os pais já testaram novos sabores, como geleia de tamarindo, e agora estudam até uma versão sem açúcar. Mas o carro-chefe segue sendo a goiaba, a fruta preferida do pequeno empreendedor.

“Tudo é feito no ritmo dele, com a empolgação dele. A ideia nunca foi fazer em grande escala. A gente limita a produção a no máximo 50 potes por vez, porque o mais importante é que ele se divirta e aprenda”, finaliza o pai.

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