O presidente da Federação das Indústrias Frigoríficas Regionais Argentinas (FIFRA), Daniel Urcía, disse ao jornal Clarín que a atual recuperação no consumo doméstico argentino de carne bovina, que superou os 50 quilos per capita, “é algo para comemorar”.
“A chave (para o crescimento do consumo) está na fidelidade do consumidor argentino à carne bovina, pois este é um fenômeno cultural e baseado em preferências”, afirmou, acrescentando: “Embora frango e carne suína tenham sido incorporados à dieta, a carne bovina continua sendo a opção preferida”.
Segundo ele, quando há uma ligeira recuperação no poder de compra, “uma das primeiras coisas que as pessoas comem é carne bovina”.
“Quando as pessoas têm um algum dinheiro sobrando, preferem gastar num churrasco com os amigos”, acrescentou ao Clarín, ressaltando a identificação dos argentinos com o produto.
Ao contrário do que ocorre com a maioria dos produtos, o consumo argentino de carne bovina se recuperou, ultrapassando a média de 50 kg per capita nos 12 meses até junho de 2025, o que representa um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Agricultura da Argentina.
A reportagem do Clarín lembra que o consumo de carne bovina na Argentina atingiu 82 quilos per capita na década de 1960, mas vem diminuindo nas últimas décadas.
Atingiu 78 quilos na década de 1980, 70 quilos na década de 1990 e 57 quilos em 2010. Em 2020 (durante a pandemia), bateu 50 quilos e, em 2024, caiu para uma baixa histórica de 42 quilos.
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