A deputada federal Camila Jara (PT) não aparece em nova listagem de indicação para punição, feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, nesta segunda-feira (11). A relação traz nomes apenas de parlamentares que fizeram motim na Casa de Leis, dia 6 de agosto.
Antes mesmo do fim de semana, o nome da federal de MS estava no rol dos possíveis punidos – não por bloquear e mesa diretora da Casa e sim por ter agredido o deputado mineiro Nikolas Ferreira (PL).
No entanto, a Presidência da Câmara relacionou, nesta segunda-feira, nomes de 14 dos principais envolvidos no trancamento da Casa, deixando a petista de fora. O deputado de MS, Marcos Pollon (PL), está com indicado a sofrer punição.
Jara pode ter tido o nome retirado da lista de transgressores em razão de já ter sido denunciada diretamente à Corregedoria da Câmara pelo Partido Liberal, sem passar pela mesa-diretora, comandada por Motta. Porém, o motivo também pode ser outro.
Nos bastidores da política, jornalistas e agentes políticos estimam que a punição aos deputados revoltosos pode ser extremamente leve. E, no caso da petista de MS, cujo processo vai correr em separado dos colegas indisciplinados, a chance dela ter punição mais intensa é maior.
A punição máxima sugerida por Motta aos deputados ‘’aloprados’’ é suspensão de seis meses do mandato. Já Camila pode enfrentar até uma perda da função de deputada. O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, foi quem acionou a Corregedoria, na sexta-feira (8), pedindo o afastamento imediato da sul-mato-grossense.