Revista MS

“Boi de lama” oriundo dos confinamentos pode elevar fluxo de oferta ao mercado

Denis Cardoso

Em meio a um conjunto de fatores que afetam positivamente os preços brasileiros no mercado do boi gordo, há dois fundamentos que podem “atrapalhar” o atual movimento de alta da arroba.

Um deles é a elevação dos preços dos cortes bovinos no varejo brasileiro, tendência ressaltada pelos números de inflação divulgados pelo IBGE.

Com o encarecimento da carne vermelha nos açougues e supermercados, boa parte dos consumidores pode procurar alimentos alternativos, mais baratos, como frango, suíno, peixe e ovos.

Um outro fator que pode alterar o rumo de preços no mercado do boi gordo no curtíssimo prazo é o excesso de chuvas nas regiões pecuárias do Brasil, situação que pode resultar em maior oferta de animais que hoje são terminados em sistemas de confinamento.

“A partir da próxima semana, há perspectiva de um ligeiro aumento na oferta de animais em terminação, devido ao excesso de lama nos confinamentos, resultado das chuvas torrenciais e persistentes”, antecipa relatório diário divulgado pela Agrifatto aos seus assinantes.

A consultoria acrescenta: “Essa condição (climática) dificulta a alimentação, provoca desconforto e inibe o ganho de peso dos animais”.

Mais altas nesta sexta-feira

No último dia da semana, os preços do boi gordo subiram novamente no mercado paulista, conforme apuração da Scot Consultoria.

Pelos dados da empresa, o “boi-China” e o boi “comum” registraram alta diária de R$ 5/@ em São Paujlo – ambos fecharam o dia valendo R$ 335/@, sem ágio, portanto.

Por sua vez, as cotações da vaca e da novilha tiveram acréscimo de R$ 2/@, encerrando a sexta-feira em R$ 307/@ e R$ 317/@, respectivamente, acrescenta a Scot.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta sexta-feira (8/11):

São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$315,00. Escalas de abates de sete dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de cinco dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de quatro dias;

Pará — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias;

Rondônia — O boi vale R$300,00 a arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias;

Maranhão — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias;

Paraná — O boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias.

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