A China produziu 48,43 milhões de toneladas de carnes (bovina, suína, aves e ovina) no primeiro semestre de 2025, o que representou um recorde para o período e crescimento de 2,8% em relação ao volume registrado em igual intervalor de 2024, informa um relatório da Datagro, com base em informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura daquele país.
Segundo a Datagro, o resultado histórico foi impulsionado pela oferta recorde de carne bovina e, principalmente, de aves, que chegaram a 3,42 e 12,7 milhões de toneladas produzidas na primeira metade do ano, respectivamente.
O estudo chama a atenção para a recuperação nos preços carne bovina chinesa, que, apesar produção recorde no primeiro semestre, foi a única proteína animal que registrou avanço nas cotações locais durante o período.
“Se somadas as importações de carne bovina da China no primeiro semestre, percebe-se que a oferta total permaneceu estável ante igual período de 2024, o que, junto dos preços em ascensão, sugere que o consumo de carne bovina da população chinesa segue crescendo”, relata a Datagro.
Tal conjuntura, continua o relatório, sugere que a pressão por uma regulamentação mais dura sobre as importações da carne bovina está se reduzindo.
“Diante disso, é possível que a investigação que hoje representa um grande risco às exportações brasileiras de carne bovina acabe resultando em surpresas positivas, que podem ir desde uma taxação considerada baixa até ao estabelecimento de uma cota elevada e não exclusiva de importações”, acreditam os analistas da Datagro.
Na prática, caso algumas dessas previsões sejam concretizadas, a carne bovina ganharia ainda mais competitividade no mercado chinês, aumentando as expectativas de uma recuperação nas compras externas do país asiático ao longo deste segundo semestre, antecipam os especialistas da Datagro.
Fonte: Datagro
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