Revista MS

Família irá amparar irmão mais velho de bebê que morreu em Campo Grande: 'era o xodózinho dele'

Uma família de Campo Grande enfrenta mais uma tragédia nesta quinta-feira (6), com a morte de uma menina de 1 ano e 2 meses no bairro Aquarius II. O irmão mais velho da criança, de 12 anos, mantinha um vínculo muito próximo com a irmã, considerada por familiares como seu “xodózinho”.

Por isso, para proteger o menino do choque, a família decidiu não avisá-lo imediatamente sobre a morte da irmã, aguardando ele chegar da escola para dar a notícia, garantindo apoio emocional durante este momento delicado.

O episódio se soma a outras perdas recentes enfrentadas pela mãe, de 39 anos, que já havia perdido uma filha em 2023, também com fissura palatina e com apenas dois anos. Segundo familiares, a sequência de lutos tem deixado a família abalada, em um período descrito como extremamente difícil. Além disso, nos últimos meses, o menino de 12 anos também perdeu avós e bisavós, tornando a situação ainda mais complexa emocionalmente.

A menina de 1 ano e 2 meses havia passado por uma cirurgia de fissura palatina na última segunda-feira. O procedimento, considerado de baixo risco quando acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por cirurgião plástico, otorrinolaringologista, cirurgião de cabeça e pescoço, dentista, bucomaxilofacial e pediatra, recebendo alta hospitalar já no dia seguinte. Médicos orientaram que febre nos três primeiros dias pós-cirurgia poderia ocorrer como parte da recuperação normal.

Na manhã desta quinta-feira, a bebê apresentou febre alta, e a mãe acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), porém, quando a equipe chegou ao local constatou que a criança já não apresentava sinais vitais. Conforme relatos, a causa da morte foi informada como parada cardiorrespiratória.

O corpo da menina foi encaminhado ao Imol (Instituto Médico de Odontologia Legal), onde será realizada necrópsia para confirmar a causa da morte e investigar se havia alguma condição associada não detectada anteriormente.

A família não quis conceder entrevistas, mas uma prima, autorizada a falar, destacou que não há suspeita de erro ou negligência médica e que a prioridade agora é amparar o filho mais velho e dar suporte à mãe neste período de intensa dor.