Campo Grande recebe, no próximo domingo (17), a partir das 17h, mais uma edição do projeto MS ao Vivo, que desta vez terá como atração principal a cantora mato-grossense Vanessa da Mata, um dos grandes nomes da MPB. O show gratuito será no Parque das Nações Indígenas e contará ainda com a abertura do multi-instrumentista e compositor Kalélo.
A novidade desta edição será a inclusão de uma intérprete de Libras surda no palco. Alessandra Daniel fará a tradução das músicas e falas com o auxílio dos intérpretes ouvintes Felipe Sampaio e Bruno Ribeiro. “A intérprete surda vai atuar lá no palco. A gente faz um esquema chamado tradução de espelho. Conforme a música ou as falas forem chegando, vamos traduzindo simultaneamente para a Alessandra, que faz a interpretação em Libras automaticamente”, explicou Felipe, coordenador de acessibilidade do MS ao Vivo.
O intérprete destacou que a iniciativa é pioneira no Estado e reforça o compromisso do festival com a inclusão. “É total inclusão. Um show que muitos acham que só a Libras feita por ouvintes pode oferecer, mas com vontade e adaptação conseguimos tornar a experiência mais acessível”, afirmou.
Novo álbum e turnê
Vanessa da Mata traz para Campo Grande seu novo show, Todas Elas, que leva o mesmo nome do próximo álbum da artista. A turnê estreou em maio no Rio de Janeiro e mistura canções inéditas com clássicos da carreira. O primeiro single, Esperança, já está disponível nas plataformas digitais e propõe uma reflexão sobre amor-próprio, cura e consciência de si.
“O público pode esperar mais poesia. As músicas são todas minhas, com parcerias como Robert Glasper, Jota.pê e João Gomes”, contou Vanessa. A cantora reforça que a mensagem do disco é não delegar a felicidade para o outro. “Somos todos capazes de nos curar, de refazer-nos, de sentir consciência da nossa própria existência e amar simplesmente qualquer descoberta.”
Kalélo abre a noite
Natural de Campo Grande e com influências que vão do samba ao afrobeat, Kalélo apresentará o espetáculo Verso e o Avesso, que reúne composições autorais e releituras sobre identidade, espiritualidade e vivência periférica. “Estar no palco do MS ao Vivo tem um significado muito especial para mim. Foi esse festival que despertou o desejo de ser artista e hoje subir nesse palco é uma conquista”, declarou.
O MS ao Vivo é promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc e Fundação de Cultura, em parceria com o Sesc-MS, e integra a programação de valorização da música e cultura no Estado.