Revista MS

Trio é suspeito de assassinar homem a facadas em estrada de chão em Corumbá

Um homem de 27 anos e dois adolescentes, um de 17 anos e outro ainda sem idade confirmada, são apontados como suspeitos de envolvimento no assassinato de Amélio Inácio de Oliveira, de 34 anos. A vítima foi encontrada morta na manhã do dia 25 de julho, em uma estrada vicinal conhecida como “Bocaina”, na parte alta de Corumbá, região de fronteira com a Bolívia, próxima ao anel viário da cidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o site Diário Corumbaense teve acesso, a Justiça já decretou a prisão do suspeito maior de idade. Desde então, equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) realizam diligências para localizá-lo. Os adolescentes também são investigados.

Segundo apurado pela Polícia Civil, no dia seguinte ao homicídio, uma testemunha informou ter visto Amélio conversando com alguns indivíduos e, depois, entrando em um veículo cinza, aparentemente antigo, onde estariam os suspeitos.

Já no dia 27, a cunhada da vítima prestou depoimento e relatou que Amélio teve um aparelho celular e um piercing de ouro arrancado do nariz pelos autores do crime. Ela afirmou ainda que ele morava com ela e o marido, irmão da vítima, e revelou que, cerca de dois anos atrás, Amélio havia contado à família que era homossexual.

Imagens de câmeras de segurança de um bar, onde a vítima teria sido vista junto dos suspeitos, estão sendo analisadas pela equipe de investigação.

Conforme o laudo da perícia, Amélio foi atingido por sete facadas: uma na perna esquerda, próximo ao tornozelo; uma na coxa esquerda; uma no abdômen, do lado esquerdo; uma abaixo do peito direito; outra no ombro esquerdo; e duas na região dorsal, próximas à coluna. A faca usada no crime foi encontrada a cerca de 13 metros do corpo.

A vítima foi localizada por volta das 6h40 do dia 25, caída no meio da estrada de terra, com vários ferimentos pelo corpo. Devido à ausência de documentos, a identificação inicial foi dificultada, sendo considerada, inclusive, a possibilidade de nacionalidade boliviana.

A confirmação da identidade só veio mais tarde. Amélio era servidor contratado da Prefeitura de Corumbá e trabalhava em uma escola municipal na zona rural do município. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.