O incêndio de grandes proporções, ocorrido na tarde desta quarta-feira (30), por pouco não atingiu moradias e terminou em tragédia em uma área de ocupação no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
As chamas começaram por volta das 15h em um terreno tomado por vegetação seca e lixo, próximo à Rua Bartolomeu Mitre e às margens da BR-163, onde vivem mais de 200 famílias.
A fumaça densa e o avanço rápido do fogo deixaram os moradores em pânico. Muitos deles, que vivem em barracos de madeira, tentaram conter as chamas com baldes d'água e mangueiras, enquanto aguardavam o socorro.
A suspeita é que o incêndio tenha sido provocado por um homem, ainda não identificado, que teria ateado fogo no lixo, conta uma das moradoras, que preferiu não se identificar. Em seguida, o incêndio se propagou muito rápido pelo mato seco.
Com a vegetação seca e o vento, o fogo se espalhou em pelo menos três frentes, gerando labaredas de até 10 metros de altura. Para evitar que o incêndio chegasse às moradias, o Corpo de Bombeiros Militar montou quatro frentes de combate e conseguiu controlar as chamas antes que atingissem os barracos.
“O fogo não atingiu as casas porque os donos dos barracos estavam amenizando com mangueira até os bombeiros chegarem”, relatou a moradora, ainda assustada com a situação.
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Crime ambiental
Em nota, o Corpo de Bombeiros reforçou que, durante o inverno, as queimadas se tornam ainda mais perigosas devido à baixa umidade e à estiagem prolongada. Por isso, qualquer pessoa que testemunhar alguém ateando fogo em lixo ou vegetação deve denunciar imediatamente.
As denúncias podem ser feitas à Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais) pelo telefone (67) 3325-2567 ou à Semadur pelo número 156. Se houver identificação do responsável, a denúncia pode ser feita diretamente à Polícia Militar Ambiental pelo telefone (67) 3357-1501.
Além de crime, o fogo em vegetação coloca vidas em risco, prejudica o meio ambiente e afeta a saúde da população. Denunciar é um ato de responsabilidade e pode evitar tragédias.
