Revista MS

Desamparados, moradores do Los Angeles pagam por patrola e vivem em meio à lama (vídeo)

Há mais de 25 anos, famílias enfrentam lama, ruas intransitáveis e alagamentos nas ruas do bairro Los Angeles, em Campo Grande. Para ter o mínimo de paz, moradores arcam com o custo de serviços básicos, como a passagem de uma patrola para tentar manter as vias minimamente transitáveis após dias de chuva na região.

A técnica de enfermagem Geisibel Francisca de Andrade, de 42 anos, mora na esquina das ruas Alberto Albertini e Jamaris e relata que a situação piora sempre que chove, mesmo que as precipitações ocorram em regiões vizinhas. “Quando chove em outras partes do bairro, a água desce e empoça aqui na frente de casa. Vira uma lagoa. Já aconteceu de chover em duas ou três ruas próximas e tudo alagar aqui”, contou à reportagem.

Em vídeos enviados ao TopMídiaNews, a moradora mostra a rua completamente tomada pela lama, dificultando até sair de casa. “Esse vídeo é de uma chuva anterior. Nesta semana choveu menos, mas o problema é o mesmo. A água leva tudo, a gente vive aterrando a frente do portão para tentar evitar que entre em casa, mas nada adianta e a varanda inunda”, relata.

Segundo Geisibel, os próprios moradores pagaram em 2024 e 2025 por serviços de patrola. “Durante as campanhas políticas, vários candidatos prometeram ajudar, mas nenhum sequer mandou uma máquina. E quem sofre? Quem mora aqui”, desabafa.

O drama se repete com vizinhos. Uma moradora idosa, que vive ao lado da casa de Geisibel, só consegue sair de casa passando por um terreno lateral. “Ela não consegue sair pela frente de casa dependendo da situação. É muita lama”, conta.

Sem alternativas, os moradores usam galochas de borracha para transitar durante e após as chuvas. “Leva mais de uma semana para a água escoar. Até lá, a rua fica cheia de barro”, completa.

Mesmo após cobranças à Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), os pedidos por melhorias básicas, como o envio de uma patrola, seguem ignorados. “Só pedimos o mínimo, mas ninguém nos escuta”, finaliza Geisibel.

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