Depois de dias de angústia e incerteza, Taina Kelly, de 40 anos, finalmente recebeu a notícia que tanto esperava, o filho, Lucas Alexandre, de 13 anos, conseguiu uma vaga em hospital da rede pública de Campo Grande. O adolescente, que é autista, estava internado desde a última terça-feira (8) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, com um quadro clínico preocupante.
Lucas apresentava inchaço no corpo, febre persistente, olhos avermelhados, fraqueza e falta de apetite. Exames laboratoriais apontaram inflamações no sangue e na urina, e um raio-x revelou manchas no pulmão. Havia até suspeita de síndrome de Kawasaki, mas os médicos não conseguiram confirmar o diagnóstico devido à limitação de recursos da unidade.
A mãe, desesperada com o agravamento do quadro e a falta de leitos na cidade, chegou a recorrer à Defensoria Pública na tentativa de judicializar a transferência. “Meu filho tem chorado muito de dor. Ele continua com os mesmos sintomas e ainda não houve nenhuma melhora significativa. Estou desesperada”, contou Taina antes da conquista da vaga.
A própria mãe confirmou à reportagem que a transferência foi finalmente autorizada. A nova unidade de saúde, equipada para atender casos mais complexos, permitirá uma avaliação mais completa do estado de Lucas e o início de um tratamento adequado.
Com alívio, Taina segue agora ao lado do filho em um novo ambiente hospitalar. “É a vida do meu filho. Agora ele está no lugar certo, onde poderá receber o tratamento que precisa”, disse.
