Quem tentou acessar o ChatGPT na manhã desta terça-feira (10) provavelmente se deparou com o chatbot inoperante ou com funcionamento irregular, incluindo lentidão. Isso porque, segundo informou a OpenAI na manhã desta terça-feira (10), a ferramenta generativa está apresentando uma pane que deixou ela fora do ar em praticamente no mundo todo.
De acordo com o site Downdetector, os problemas no ChatGTP começaram por volta das 6h da manhã. Às 8h34, por exemplo, o site recebeu um pico de mais de 900 notificações de falhas na IA generativa.
“Estamos observando taxas de erro e latência elevadas no ChatGPT e na API”, escreveu a OpenAI no X. “Nossos engenheiros identificaram a causa raiz e estão trabalhando o mais rápido possível para corrigir o problema. Para atualizações, consulte nossa página de status”.
Vale lembrar que as APIs servem para diversos tipos de serviços de terceiros, a fim de aplicar as funções do chatbot a cenários que incluem chats de suporte ou chats comerciais, por exemplo.
Normalização completa da pane no ChatGPT ainda pode levar algumas horas
Embora o problema esteja afetando diversos usuários ao redor do mundo, alguns usuários tiveram a sorte de conseguir acessar e usar o serviço normalmente. Entretanto, muitos usuários receberam notificações de erros, como “muitas solicitações simultâneas”, ou respostas após um longo tempo de espera.
Além da pane no ChatGPT e da API para desenvolvedores, o gerador de vídeos Sora também apresenta falhas na manhã desta terça-feira.
Em sua página de status de serviço, a OpenAI forneceu mais cedo uma previsão de resolução, dizendo que “a recuperação completa em todos os serviços listados pode levar mais algumas horas”.
A atualização mais recente — até o fechamento desta edição — às 14h20, declara que a OpenAI corrigiu o problema e que está monitorando a normalização.
Porém, no Downdetector, a partir de 12h41, já era possível observar uma queda considerável no número de notificações de falhas no ChatGPT.
Ausência da IA expõe dependência; especialista analisa
A pedido do Giz Brasil, o especialista Eduardo Freire analisou até onde a interrupção do uso da IA levanta discussões sobre a dependência da ferramenta no dia a dia. Freire é CEO da FWK Innovation Design, estrategista de inovação e criador do método “Project Thinking”, que une design, inovação e gestão.
“O primeiro ponto é uma reflexão do que exatamente a gente busca nesse contexto. É entender que se pode usar a IA para tudo. Mas será que é necessário usar para qualquer coisa? Se temos um conjunto de dados para fazer um cálculo, podemos pedir para a IA. Mas depois, não vamos saber qual processo ela usou para interpretar aqueles dados, como ela elaborou o raciocínio. Por isso, existem dois pilares muito fundamentais. Um é o pensamento crítico e outro é a criatividade. A gente ainda tem um olhar humano sobre um tema. Quando a gente está colocando a IA para resolver um problema, deixamos de ter esse olhar. Então é uma boa reflexão saber se vamos considerar a IA apenas como assistente. Obviamente, daqui algum tempo, que pode ser curto ou longo, ela vai conseguir resolver questões complexas, que necessitem de um contexto de interpretação humanizada.”
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