Revista MS

Pollon é acusado de usar associação armamentista para beneficiar empresa própria

O deputado federal Marcos Pollon (PL) foi acusado de usar a entidade Proarmas, da qual é fundador, para beneficiar empresa própria, em Campo Grande. Alguns internautas se sentiram lesados. 

A denúncia veio pela rede social X, em perfil de ‘Emily Thorne’, personagem da série Revenge.

“Se você quer saber como um advogado do Mato Grosso [sic] se elegeu e enricou a própria família fazendo um movimento inteiro e até um presidente de trouxa, segue o fio’’, traz o post no antigo Twitter. 

Ainda segundo a postagem, no site da entidade há um direcionamento para que o interessado “apoie” a associação. No entanto, ao clicar no ícone em questão, o internauta é direcionado a uma página de cursos, com domínio diferente. 

A denunciante explica que o Proarmas foi registrado com um determinado CNPJ, da empresa ‘’Proarmas Cursos’’ por Marcos Pollon. Foi destacado que tal inscrição de pessoa jurídica é diverso da Associação Nacional Movimento Pro Arma, que é sem fins lucrativos. 

Foi dito também que Pollon, o fundador do Pro Armas, anunciava que, com R$ 38, a pessoa estaria ajudando a causa do armamentismo no País.

“No entanto, ao entrar no Proarmas, todos os botões que chamam para se inscrever, direcionam para essa página com os “Planos de Filiação” e um Botão “Apoiar””, esmiuçou a denunciante. 

O grande detalhe da história, segundo o post, é que ao clicar no botão em questão, a pessoa não se filia ao Proarmas e sim compra um curso na Plataforma Eduzz. Para se filiar à entidade, o internauta precisa clicar em outro link, que aparece em letras bem pequenas. 

A publicação observa que, depois, o CNJP Pro Armas Cursos se torna uma holding: a MF Gestão Patrimonial, que seria, diz ‘’Emily’’, uma empresa de blindagem patrimonial. 

Mais à frente, a internauta questiona: “agora resta perguntar se o deputado vai prestar as contas do Proarmas (de todos os CNPJs) ou se vai ficar mandando todo mundo calar a boca?”.

Resposta

Pollon respondeu por meio de nota e pelo próprio Instagram. Na rede social, o parlamentar bolsonarista ironizou a situação. Ele disse: “trabalhe bastante, faça bastante sucesso, a ponto do [sic] seus inimigos consumirem seu material, acessarem e  assinarem sua plataforma de cursos”. 

Na nota pedida pelo TopMídiaNews, Pollon alega que a holding patrimonial em questão veio de uma empresa inativa, cujo capital se restringe a dois terrenos do pai dele, há mais de 10 anos. 

“[A denúncia] é um amontoado de nada e a holding não tem relação nenhuma com o Proarmas Cursos e Eventos”, diz.