Três homens, de 20, 23 e 29 anos, foram presos em flagrante e um adolescente, de 16 anos, foi apreendido, nesta terça-feira (11), todos suspeitos de terem participado na morte brutal de um homem, identificado previamente como Emílio, que foi encontrado enterrado e queimado em uma residência frequentada por usuários na Mata do Jacinto, em Campo Grande.
A principal suspeita é que a motivação seja uma rixa existente entre um dos suspeitos e a vítima, pois um dos indivíduos chegou a ser ameaçado e sofrer um atentado em maio do ano passado por meio de Emílio, e desde então, o desentendimento se prolongou, configurando possivelmente um crime premeditado pela vingança.
A 'operação' para chegar até os envolvidos movimentou equipes da 3° Delegacia de Polícia Civil, GOI (Grupo de Operações e Investigações) e a Polícia Militar. As prisões e a apreensão do adolescente aconteceram ainda pela manhã, poucas horas após o caso chegar ao conhecimento dos policiais.
Na entrevista coletiva nesta tarde, o delegado Reges de Almeida, explicou que o primeiro suspeito a ser localizado foi o jovem mais novo, que estava em uma residência na região. Naquele instante, ele confessou o crime e indicou quem seriam os demais envolvidos na empreitada criminosa.
Pelo imóvel, também estava o rapaz, de 23 anos, que chegou a negar a participação no crime, dizendo que só estava na residência traficando. Já o mais velho do trio foi preso em frente a residência onde estava os dois suspeitos. Em outro ponto, o adolescente também foi apreendido e chegou a confessar toda a prática do crime, contudo, a polícia acredita que isso seria uma manobra para tentar limpar a barra dos demais suspeitos.
Delegado Reges de Almeida, responsável pela investigação. (Foto: Alice Assis)
Conforme o delegado Reges, o crime teria acontecido na madrugada de sábado para domingo, onde os suspeitos teriam enforcado a vítima até a morte, depois levaram para o fundo em um colchão, onde o corpo foi coberto por um lençol e foi posteriormente ateado fogo nele. Folhas e plásticos foram usados para cobrir o cadáver.
Outras pessoas chegaram a desconfiar do caso, por conta do cheiro que exalava da casa, foi quando um dos suspeitos decidiu enterrar o corpo em uma cova, ocultando o cadáver. Na delegacia, os suspeitos apontaram um quinto nome e agora, a Polícia Civil vai investigar a participação dele no crime.
O caso foi registrado como ocultação de cadáver, homicídio qualificado por asfixia e corrupção de menores.