A prefeita Adriane Lopes (Progressistas) participou de evento que celebra os dez anos da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. O evento ocorreu na noite desta quinta-feira (6), na Casa da Cultura, e a gestora homenageou mulheres que participaram da efetivação do espaço.
Além da prefeita, estavam a vice-prefeita, que é secretária de Assistência Social, a secretária Executiva da Mulher de Campo Grande, Angélica Fontanari, entre outras diversas autoridades. A Casa já prestou mais de 1,7 milhão de atendimentos, e reforçaram a importância de manter a rede de apoio cada vez mais forte e articulada.
''Hoje celebramos um marco histórico, 10 anos da Casa da Mulher Brasileira, a primeira fundada em uma Capital do país, e pela primeira vez também, nós temos a primeira prefeita e a primeira vice-prefeita eleita em Campo Grande. Hoje nós estamos aqui com a oportunidade de fala e de representatividade. Quero aqui agradecer a cada guerreira dessa equipe que lutou incansavelmente por esse propósito, que resguarda a vida de milhares de mulheres. Quero ressaltar a importância da intersetorialidade desse projeto. Somos referência em nosso país e até pessoas de outros países nos visitam e se espelharam nas políticas públicas aplicadas em nossa cidade. E vamos seguir firme, fortalecendo ainda mais esse trabalho voltado ao apoio às mulheres na nossa Capital'', pontuou Adriane Lopes.
''A vítima na casa da mulher brasileira é atendida na sua totalidade. Essa integração de trabalhos intersetorial é tão real, que quebramos o que chamamos de rota crítica, que é aquela situação em que a vítima precisa percorrer vários lugares quando não se tem uma Casa da Mulher Brasileira. A Delegacia especializada fica em um ponto, o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) em outro, quando muitas vezes, a vítima até desiste de quebrar o vínculo por tamanho desgaste com esses deslocamentos. E lá, na Casa da Mulher, nós podemos comprovar a eficiência desse trabalho de interação, com serviço estruturado, com uma rede funcionando e equipe capacitada. Os números são superlativos. Mas superlativo também é o compromisso da gestão municipal para combater a violência e para reforçar esse serviço'', apontou Angélica.
Dez anos
Inaugurada em 3 de fevereiro de 2015, a Casa da Mulher Brasileira completou 10 anos na última segunda-feira e realizou desde então, 1,7 milhão de atendimentos (computadas as situações de retorno), com a recepção de 138 mil mulheres, segundo a secretária-executiva da Mulher, Angélica Fontanari. A Guarda Civil Metropolitana, por meio da Patrulha Maria da Penha, atendeu mais de 60.700 chamados. Na Polícia Civil, foram mais de 80,7 mil boletins de ocorrências registrados. Atendimento à manifestações do Ministério Público foram 167 mil. Concessão de medidas protetivas, mais de 63 mil. E atendimentos pela Defensoria Pública, em torno de 47 mil atendimentos.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Iacita Azamor, ressaltou o importante trabalho realizado pela CMB, mas enfatizou que ainda há muito a ser feito para apoiar as vítimas do que ela considera uma verdadeira epidemia.
Na ocasião, foi assinado o Decreto de nº 16.178/2025, que permite a concessão de condecorações, instituída por meio do decreto n° 16.178/2025, uma iniciativa pensada para esse momento de celebração dos 10 anos da CMB, considerando que tantas pessoas contribuíram para a excelência dos serviços. São agentes públicos que, em grande parte, estão desde o ano de 2015, ano de fundação, prestando serviços junto a Casa.