Revista MS

Insetos vindos de terreno baldio preocupam moradores no Santo Eugênio (vídeo)

Uma situação que perdura por mais de um ano e meio vem causando preocupação em moradores da Rua 23 de Outubro, no Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande. Trata-se de uma casa de aluguel, abandonada, que está servindo como criadouro de insetos e animais peçonhentos, além de ser um local de encontro para usuários de drogas.

Em conversa com uma moradora da mesma rua em que a casa está localizada, ela conta que, apesar dos vizinhos cuidarem de suas casas, animais e insetos acabam aparecendo nas residências devido à sujeira presente na casa abandonada. Além disso, a preocupação dela e de outras pessoas é o fato de que a rua tem muitos moradores idosos.

“Minha mãe é acamada, então minha preocupação é com ela, né? A gente ainda se locomove, mas ela fica na cama, então temos que tomar o máximo de cuidado. O nosso quintal é limpo, tudo organizadinho, a grama cortada, mas, infelizmente, o quintal abandonado está prejudicando a gente aqui, além dos outros vizinhos, que também estão enfrentando o problema nas casas deles”, relata.

A residência, que não recebe a visita dos proprietários há mais de um ano e meio, já foi denunciada ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para que uma providência seja tomada.

“Chamamos a equipe de zoonoses para tentar nos ajudar, eles colocaram veneno para tentar acabar com esses insetos e animais, mas não resolveu devido à sujeira. Acionamos a prefeitura também, mas eles alegam que não podem entrar no quintal, pois isso configuraria invasão. Não sabemos mais o que fazer”, explica.

Além dela, outra moradora, que vive no local há mais de cinco anos, relata o aparecimento de escorpiões dentro da sua casa. Segundo ela, ratos, lacraias e outros animais peçonhentos já apareceram no local.

“Dentro do quarto da minha mãe, que é idosa, apareceu um escorpião que, possivelmente, quase com certeza, veio do terreno sujo que fica aqui na rua. Já encontramos ratos, lacraias e muitos outros insetos e animais aqui, e nada resolve. Passamos veneno, limpamos nosso terreno e a casa, mas sempre encontramos algum”, conta.

Cansados da situação e sem saber mais o que fazer, os moradores da rua tentaram entrar em contato com a imobiliária responsável, que informou a eles que não é responsável pela manutenção do local e que a limpeza é responsabilidade do proprietário.

Devido à situação e pelo fato de os moradores terem procurado o TopMídiaNews para buscar uma solução para o problema, a reportagem entrou em contato com as partes citadas na matéria.

Foi feito contato com a imobiliária responsável pela venda do imóvel, que informou à reportagem que, de fato, a responsabilidade pela limpeza e conservação do local é dos proprietários, conforme o contrato. A responsável pela imobiliária informou, por meio de ligação, que o trabalho da empresa é apenas fazer o anúncio e a venda do imóvel.

Em relação aos proprietários, a reportagem procurou a advogada das partes, que não atendeu à ligação nem deu retorno sobre a situação do local.

A Semadur, citada pela moradora, informou que solicitou informações junto à Ouvidoria Geral e na Central 156 e não identificou nenhum protocolo de denúncia relacionada ao endereço citado.

“Desta forma, acreditamos que a denúncia possa ter sido formalizada junto à Sesau – órgão que fiscaliza imóvel com edificação abandonado. A Semades fiscaliza terrenos baldios (sem edificação) abandonados. Portanto, não temos nenhuma informação sobre o local denunciado”, diz.

A Sesau não se pronunciou.

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