O Tribunal do Júri de Campo Grande negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Jhenifer Santos de Souza, acusada de homicídio no bairro Noroeste, em 2021. A defesa alegava que a ré possui residência fixa, emprego lícito e é responsável por um filho menor de 12 anos.
Com base nesta justificativa, a defesa solicitou medidas cautelares ou prisão domiciliar. No entanto, o juiz Carlos Alberto Garcete indeferiu o pedido, argumentando que Jhenifer está foragida desde a decretação da prisão, em agosto de 2023, o que indica a intenção de fugir à aplicação da lei.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Jhenifer, junto com Ilmo Eugenio Teixeira Junior, matou Hudson Thiago de Souza no dia 28 de março de 2021, por volta das 19h, na Rua Bartolomeu Mitre, no bairro Noroeste, em Campo Grande.
Ilmo seria amigo de Hudson. A vítima foi morta com três facadas no peito e na região do pescoço. O crime aconteceu enquanto os amigos bebiam em um churrasco na casa do autor quando começou uma discussão entre eles. Corpo foi encontrado em banheiro de quitinete.
O juiz destacou que o mandado de prisão continua em aberto e que a acusada não foi localizada, tendo se mudado para o Paraná após o crime. Além disso, ressaltou que não há comprovação da imprescindibilidade da acusada nos cuidados do filho menor, conforme exigido pela legislação para a concessão de prisão domiciliar.
Na decisão, o magistrado também citou precedentes do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que reforçam a necessidade de prisão cautelar em casos de crimes graves, quando há indícios de tentativa de fuga. O magistrado concluiu que medidas cautelares alternativas não seriam suficientes, mantendo a prisão preventiva de Jhenifer enquanto aguarda o julgamento.